A Tabatinga revisitada: a manutenção de um léxico de origem africana em Minas Gerais (MG-Brasil)
DOI:
https://doi.org/10.58221/mosp.v107i1.8137Keywords:
línguas africanas no Brasil, léxico, contato de línguas, línguas bantas no BrasilAbstract
Este trabalho focaliza o léxico de origem banta presente na região de Tabatinga, localizada na cidade de Bom Despacho, em Minas Gerais. Essa localidade – do mesmo modo que o Cafundó, em São Paulo, e outras cidades mineiras (Patrocínio e Milho Verde) – conservou um conjunto de palavras de origem banta, pertencentes ao vocabulário comum, cujo uso ficou restrito à comunidade. Os resultados obtidos, comparados ao trabalho de Queiroz (1998 [1981]) revelaram manutenção de parte do léxico, mudança fonética e semântica bem como indicaram que a "língua" de Bom Despacho está assumindo a função de gíria de um grupo de falantes moradores da Tabatinga, região de origem do dialeto. A “gíria” ou “dialeto” da Tabatinga mantém-se porque seu uso está hoje associado à identidade do grupo, que não se caracteriza mais por ser negro ou africano, mas por ser habitante de uma região pobre e outrora discriminada. Ao retomar a pesquisa na região mineira objetivou-se explicar como se formou essa “língua” e por que ela se manteve até hoje. Esta pesquisa é parte do projeto-piloto “Levantamento etnolinguístico de comunidades afro-brasileiras: Minas Gerais e Pará”, que é parte do projeto Inventário da Diversidade Linguística Brasileira, promovido pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e USP (Universidade de São Paulo).Downloads
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Copyright (c) 2013 Margarida Maria Taddoni Petter
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