Escrita, masculinidades subversivas e resiliência sob o abrigo da escuridão: Cinema Orly (1999), de Luís Capucho
DOI:
https://doi.org/10.58221/mosp.v114i2.7390Keywords:
Luís Capucho, Cinema Orly, narrativas de/sobre aids, heterotopia, cronótopo, corpo, masculinidadesAbstract
Este trabalho propõe-se discutir a obra literária escrita por Luís Capucho, prosador contemporâneo cujos livros podem ser considerados bastante significativos no campo emergente da literatura de/sobre aids no Brasil. Com quatro romances publicados – Cinema Orly (1999), Rato (2007), Mamãe me adora (2012) e Diário de piscina (2017) – o escritor vem sendo considerado uma das mais singulares vozes no que diz respeito ao gênero literário que vem sendo chamado pelos críticos de autoficção, uma modalidade narrativa que mescla a autoridade narrativa do discurso autobiográfico à liberdade estilística da ficção literária. Nosso objetivo aqui é o de realizar uma proposta de leitura para a primeira narrativa publicada por Capucho, Cinema Orly, usando as noções de heterotopia (proposta por Michel Foucault no ensaio “Espaços outros: heterotopias”, publicado pela primeira vez em 1984) e cronótopo (proposta pela primeira vez, no campo dos estudos literários, por Mikhail Bakhtin) como ferramentas analíticas. Deste modo, acredita-se que seja possível evidenciar o projeto político do autor que reside na narrativização das experiências corpóreas, de caráter sexual, praticadas entre homens em um espaço de socialização marcadamente gay.
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